15 de outubro de 2012

As crónicas da Margarida


"Os finais são horríveis. Fica o ar vazio, deixamos de ver ao longe, de repente apagam-se as luzes e a vida fecha-se aos nossos olhos. Depois do fim, vem a pergunta fatal; e agora? Dá vontade de ir à bruxa para ter uma ideia, mas resiste-se estoicamente, até porque as fadas também se enganam.
Aproveita-se o tempo para telefonar aos velhos amigos, arrumar gavetas e deitar papéis fora, limpar a memória e deixar o coração de molho, em convalescença a carregar baterias.
Mas o pior são as despedidas. É sempre horrível dizer adeus, mesmo que seja só até logo à noite.
Quando gostamos de alguém, apetece-nos ser mosca para ficar a gravitar incógnito à volta dele, ouvirmos a sua respiração, rirmos com o seu riso e penarmos com as suas dúvidas. Sentimos a vocação falhada de anjo da guarda que não está a cumprir o horário." MRP 

10 comentários:

Marisa Engenheiro disse...

Oh muito obrigada minha linda :)
Margarida Rebelo Pinto, parece que nos conhece, não é? Ás vezes acho que ela acaba por ser a minha consciência, acerta em tanta coisa!

CatarinaFerreira* disse...

Só para quem merece ^^
mesmo, como o tempo passa (:
O texto está mesmo bonito, mas espero que esteja tudo bem com a menina!
E eu também estarei sempre aqui, para tudo o que precisares (L)
Pensava que andavas nas escola da cidade xb

cherry blossom disse...

obrigado princesa <3

martasousa disse...

peace and love ahahahah

Cátia Martins disse...

gostei do blog. :))

Rosarinho disse...

muito obrigada pequena :')

Rute Neves disse...

muito muito obrigada minha querida :)

O Profeta disse...

Se o mar adormecer em desvario
As ondas não mais se formarem
Se as gaivotas se perderem do ninho
As árvores mais altas tombarem

Se o dia não encontrar a manhã
As nuvens deixarem de chorar água pura
Se as pedras da ilha roubarem a cor ao verde
As tuas palavras deixarem de ser raiva dura


Boa semana


Doce beijo

Beatriz Magalhães disse...

Aii.. de quem é este excerto? *

Beijinho,
Pensando com Arte.

O Profeta disse...

São mudas as neblinas nesta ilha
É de pobreza o pão que alimenta o meu sentir
Oiço o mar com os meus próprios dedos
Parti do desencontro dos meus derradeiros medos

Parti e deixei no cais mil dúvidas
Lembrei tempos que corri feliz pelas amoras
Nesses dias bebi sofregamente a vida
Nesses dias a minha alegria era incontida

Uma radiosa semana


Doce beijo